Em boa hora o resistir.info nos brinda com mais um estudo de Jacques Sapir que, não haja dúvidas, se tornou como que “indispensável” no quadro da denuncia sustentada do erro crasso que foi a criação do Euro e da cada vez mais evidente e urgente necessidade objectiva de desmantelamento da zona Euro ou do abandono dessa zona por parte dos países (com Portugal na linha da frente) que mais lesados têm sido e continuam a ser pela pertença à moeda única.
Desta feita Jacques Sapir suscita a questão da grande diferença que existe nas dinâmicas e nos níveis da taxa de inflação existentes entre os diversos países da Zona e dos constrangimentos que, em consequência, para eles resultam pelo facto de estarem sujeitos a uma moeda e taxa cambial únicas, com efeitos nefastos nos níveis do crescimento económico, da competitividade das suas economias e da própria dívida.
Essa foi uma das questões suscitadas já nos anos 90 pelos (poucos) que no nosso país combateram a irresponsável adesão à moeda única. Primeiro quando os Governos de Cavaco Silva estabeleceram esse objectivo como prioritário e privilegiaram a convergência nominal em detrimento da convergência real, depois quando o governo de António Guterres concretizou a adesão ao Euro.