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A PAC tem sido um instrumento para destruir a agricultura nacional – João Ramos
02 Sábado Fev 2013
02 Sábado Fev 2013
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02 Sábado Fev 2013
Posted Governo
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Desde que se tornou figura pública como «n.º 2» do Executivo de Passos Coelho, o ministro Miguel Relvas abraçou, a mãos ambas, a ribalta. Nos primeiros meses, falando «em nome do Governo» em cada esquina televisiva, tornou-se omnipresente e cedo foi aparelhado como o «Rasputine por trás do trono», em versão paroquial. Nesse tempo, o sorriso penteadíssimo exudava felicidade e quase dava gosto vê-lo, em tão aprumada alegria. Depois foi o descalabro em catadupa: ameaças a uma jornalista doPúblico, conivências espúrias com o ex-chefe das «secretas», Jorge Silva Carvalho, a vergonhosa licenciatura tirada – não se sabe a quem, como dizia o anedotário nacional – na Lusófona, num ano e sem fazer a maior parte das cadeiras. Exibindo um inaudito descaramento, seguiu em frente como se não fosse nada com ele, marchando, perante o País a rir-se, rumo à glória do mando e da vã cobiça (se é que há por ali umas luzes de Camões).
Tendo ao seu alvedrio um conjunto de privatizações – TAP, ANA e RTP –, o Relvas gerou em cada uma delas um corrupio de contradições desavergonhadas, avanços e recuos sem pinga de seriedade, anúncios sobre anúncios sucessivamente retirados à pressa, estudos opacos, improvisados e sem sustentação, de par com o aparecimento de candidaturas espúrias, como a de um senhor colombiano com nome russo e três nacionalidades a querer abotoar-se com a TAP por uns patacos, ou uns misteriosos «investidores angolanos» a apontar à RTP. Tudo gente das relações de Relvas que, como ironizava uma sindicalista da RTP, é muito dado a «negócios de corredor».
02 Sábado Fev 2013
Posted EUA, Internacional
inEu não apoio as tropas, e tu, América, também não. Estou farto desta partida que estamos a pregar aos corajosos cidadãos nas nossas forças armadas. E, não sei se já repararam, muitos destes soldados, marinheiros, aviadores e fuzileiros percebem bem a treta nas palavras “Eu apoio as nossas tropas!”, proferidas por norte-americanos com pretensa sinceridade; pretensa porque as nossas acções não correspondem às palavras. Estes jovens homens e mulheres aceitam arriscar as suas vidas para nos proteger; e é isto que recebem em troca:
1. São enviados para combater em guerras que nada têm nada que ver com a defesa dos EUA ou com salvar as nossas vidas. São carne para canhão para que o complexo militar-industrial possa fazer milhares de milhões de dólares e os milionários dos EUA possam expandir o seu império. Quando eu afirmo “apoiar as tropas”, isso significa que tenho de calar a boca, não fazer perguntas, não fazer nada para parar a loucura e ficar sentado vendo milhares a morrer? Bem, eu já fiz muita coisa para tentar acabar com isto. Mas a única maneira de dizer honestamente que apoiamos as nossas tropas é trabalhar dia e noite para as tirar desses sítios infernais para onde foram enviadas. E o que fiz eu esta semana para trazer para casa as tropas? Nada. Então, se disser “eu apoio as tropas”, não acreditem em mim; claramente não apoio as nossas tropas, porque tenho coisas mais importantes a fazer hoje, tais como devolver um iPhone que não funciona e levar o meu carro à revisão.
2. Enquanto as tropas que dizemos “apoiar” servem o seu país, os banqueiros que dizem também “apoiar as nossas tropas” retomam as casas desses soldados e despejam as suas famílias enquanto eles estão fora! Fui eu ao departamento da polícia quando se preparavam para despejar a família de um soldado de sua casa? Não. E aí está a prova de que eu não “apoio as nossas tropas”, porque, se apoiasse, organizaria protestos em massa para bloquear as portas dessas casas. Em vez disso, tenho um belo prato de peixe para o jantar.
02 Sábado Fev 2013
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