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Com o pretexto de comentar a decisão do governo grego, de sujeitar a referendo o resultado das decisões tomadas na última cimeira da União Europeia, que vão no sentido de sujeitarem aquele país e o povo grego a novas e mais agressivas medidas de austeridade, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, fez algumas afirmações sobre a necessidade de “estabilidade e o consenso em Portugal” em torno da política nacional, que justificam da nossa parte o seguinte comentário:
Ao contrário da pretensa “estabilidade” invocada por Paulo Portas o que se deve registar é a profunda instabilidade que a imposição do Pacto de Agressão está a provocar à generalidade do povo português e do País. Uma instabilidade nos rendimentos dos trabalhadores e nas reformas a partir do roubo dos subsídios e da desvalorização dos salários e reformas, nas possibilidades de sobrevivência de milhares de pequenas e médias empresas através de uma política que dificulta o acesso ao crédito e eleva a carga fiscal a níveis insuportáveis, uma instabilidade que ameaça comprometer irremediavelmente as perspectivas de desenvolvimento económico do País;